Uma "nova" paixão.


Se tem uma coisa constante na minha vida é que eu sempre perco o foco. Eu me animo, me empolgo, me envolvo e me apaixono, na verdade esse já é outro ponto sobre mim, eu me encanto facilmente com as coisas, e quando isso acontece eu me jogo de cabeça, como, acordo, trabalho, estudo e durmo pensando naquilo, pode ser um projeto novo, um trabalho da faculdade, um evento profissional, e até mesmo principalmente uma pessoa.


Eu super me empolgo, e acho que vai ser a melhor coisa desde que inventaram o pão de forma, mas nem sempre é.

Na verdade, o que venho aprendendo é que não é que as coisas deixam de ser interessantes, e nem mesmo que eu deixei de apaixonar por elas, mas sim o fato de que a paixão precisa ir embora, aquele furor inicial precisa sempre ser substituído por uma coisa mais estável sabe, mais segura, mais duradoura.

Ninguém aguenta viver anos naquela necessidade e calor da paixão inicial, da recém descoberta, até porque, quando o tempo passa, a gente começa a ver coisas no outro, que não via antes, e coisas não tão boas, então estar sempre 100% conectado não dá, e nem é necessário. E é aí que vem o amor pelas coisas, ou pelo outro.


Na minha visão, a euforia deu lugar ao amor. Porém, devemos concordar que a paixão não pode deixar de existir



E isso que acontece pode ser considerado normal. Aquela paixão intensa em que enxergamos no outro ou nas coisas é aquilo que desejaríamos que fosse, e não o que realmente são, já característica do início da relação, vai dando espaço para o amor. Esse tende a ser tranquilo, tem mais intimidade, mostra-se estável, sereno e controlável. 




O amor é menos temido, enquanto a paixão nos invade, domina nossos pensamentos, é tida como arrebatadora, turbulenta e, muitas vezes, sofriiidaaa. No entanto, é difícil estabelecermos que um dos sentimentos tenha mais valor do que o outro. Cada um possui as suas características.



Ao contrário do que muitos dizem, eu não acredito que o amor seja cego, ele apenas sabe lidar de forma sábia com os defeitos do outro, reconhece que o bem-amado é algo real, e coisas reais não são perfeitas.

Vale salientar que quando falo de amor pelas coisas não estou hiper valorizando bens materiais. Estou falando por exemplo de quando você descobre que ama viajar, que ama fotografar ou produzir vídeos, que ama fazer cursos novos, que ama ser voluntário, que ama o emprego novo, que conheceu um grupo novo de amigos e está fascinado e que conheceu uma outra pessoa que faz seu mundo girar.







Tudo isso são coisas que nos apaixonam, mas não é que por elas perderem o sex appeal inicial que elas deixaram de te fazer bem e você pode jogar elas de lado, não se faz isso, se foi verdade para você um dia, você deve continuar valorizando. 


O Amor pode não ser uma meta, um ponto de chegada, mas com certeza pode ser nossa "estrada de tijolos amarelos".

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