E SOBRE A LIBERDADE DE QUEBAR ESPELHOS.
É preciso desconstruir, é preciso retirar todo rótulo, todo padrão, é preciso tirar todas as críticas e todos os elogios, eles são celas, algumas celas são mais bonitas do que outras, mas ainda são celas, a função básica de uma cela é a privar-nos da liberdade e nos separar de nós mesmos. Nos separar do céu e da possibilidade do infinito. Por mais que a nossa consciência nos alerte sobre quem somos, muitas vezes os rótulos causam uma neblina que nos impede de seguir em frente e esse fenômeno ocorre justamente quando encaramos o nosso espelho que fica acima da pia do banheiro, nesse hábito corriqueiro e matinal existe uma grande verdade, um dia você olhará naquele espelho e a pergunta temida estará lá: “Quem sou eu?” Me perguntei isso recentemente. Sou o que dizem? O cara que escreve umas coisas legais, o barbudo, o asmático, o escritor da internet, o bom partido, o mal partido, o cara que desenha, o cara que acha que desenha, o bom amigo, o bom ouvinte, o cara que...