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Mostrando postagens de novembro, 2016

E SOBRE A LIBERDADE DE QUEBAR ESPELHOS.

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É preciso desconstruir, é preciso retirar todo rótulo, todo padrão, é preciso tirar todas as críticas e todos os elogios, eles são celas, algumas celas são mais bonitas do que outras, mas ainda são celas, a função básica de uma cela é a privar-nos da liberdade e nos separar de nós mesmos. Nos separar do céu e da possibilidade do infinito. Por mais que a nossa consciência nos alerte sobre quem somos, muitas vezes os rótulos causam uma neblina que nos impede de seguir em frente e esse fenômeno ocorre justamente quando encaramos o nosso espelho que fica acima da pia do banheiro, nesse hábito corriqueiro e matinal existe uma grande verdade, um dia você olhará naquele espelho e  a pergunta temida estará lá: “Quem sou eu?” Me perguntei isso recentemente. Sou o que dizem? O cara que escreve umas coisas legais, o barbudo, o asmático, o escritor da internet, o bom partido, o mal partido, o cara que desenha, o cara que acha que desenha, o bom amigo, o bom ouvinte, o cara que...

Evite ilusões. Cair em si dói menos.

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Dói.  Sempre dói.  É inevitável. Afinal, encarar tudo como realmente é muitas vezes machuca. Machuca ainda mais quando percebemos tudo o que não é. Tudo o que nunca foi. Mas ainda assim, cair em si é uma queda muito menos dolorosa do que manter-se em uma ilusão.  Acredite. Certas ilusões voam altas demais, mas sempre com pouca estabilidade. Uma hora elas caem e a dor é muito pior. Saiba então enxergar a realidade. Não com outros olhos, mas com olhos próprios. Até porque quem está de fora quase sempre já enxerga a verdadeira natureza de certos descasos. Das ilusões. Então, caia em si. Sem medo de se jogar. Então, caia em si. Sem medo de enfrentar verdades.  É mais seguro (e feliz) do que manter-se amarrada em efêmeras mentiras. Algumas descobertas podem até doer, mas nunca se engane. Cair em si dói menos do que continuar caindo em tantas ilusões.

Não vejo defeito em quem não sabe amar, não mesmo. Só não guardo no meu peito.

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Sim, eu sei… Você certamente pensou que eu estava ansioso, contando os segundos para receber sua mensagem. Respondi rápido, não foi? Pois é. Eu estava online. Estava com saudades também. Por isso respondi. Eu? Não, não aprendi a submeter meu coração à cartilha deste amor moderno. Pouco importo se para vocês a melhor maneira de demonstrar interesse é agir como se pouco caso fizesse. Não faço pouco caso. Faço muito caso de falar com você. Mas acaso eu me torne disponível demais aos olhos teus, caso minha entrega incomode seu orgulho, saiba que para tudo dá-se um jeito. Nem que o jeito seja, enfim, perceber que não temos motivos sequer para tentar. E quero que saiba que no fim das contas, nada fica em mim. Não fica o amor, nem tampouco o ódio. É que sempre fui de pensar assim: não vejo defeito em quem não sabe amar. Só não guardo no peito. Vida que segue.

Mais um texto sobre o amor... mais um...

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 Abro as minhas redes sociais e dou uma olhada no conteúdo das publicações dos meus “amigos” (acho estranho esse termo estar ali), existe uma grande quantidade de publicações ideológicas, debates saudáveis (raros), xingamentos avulsos, gifs engraçados (alguns me matam de rir) e uma grande quantidade de textos, poemas e aforismos sobre o amor e seus desdobramentos amor-próprio, reciprocidade etc.  Faço parte desse último grupo.  Eu tento escrever e descrever sobre os efeitos do amor na minha vida, tento desvendar um pouco sobre esse sentimento que tem um poder terrível sobre nós os seres humanos. Confesso que quanto mais eu escrevo sobre esse assunto, mais distante eu fico de um entendimento claro sobre o mesmo, é como se eu fosse mapear uma pequena vila que na verdade é um imenso continente selvagem, obscuro e fascinante. Dá medo, muito medo, mas avanço sem enxergar onde meu pé irá firmar o próximo passo. A única coisa que eu aprendi sobre o amor é que não ...

Não existe filtro para aplicar no amor, nem para ser feliz...

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  Filtros Existe um grande número de aplicativos para embelezar as fotos, podemos usar P&B, Vintage e outros tipos, fotos comuns ficam lindas por causa de um filtro, ganhamos likes, comentários e gostamos disso, realmente gostamos disso e eu estou incluído nessa, mas no amor não existe um filtro que possa ser aplicado para acabar com as “imperfeições”. Nos venderam a ideia de um amor perfeito, algo parecido com comercial de margarina, abrimos as nossas redes sociais e vemos as fotos dos casais adorados pela grande mídia e outros casais menos famosos, mas considerados legais. Criamos a ideia de que não exista nenhum problema ali, estão sempre sorridentes morrendo de amores um pelo o outro, mas acredite até eles têm problemas para resolver. Desejamos ter uma vida assim, como se a vida fosse um feed de instagram, mas o amor é aquilo que reforça o barco para enfrentar as tempestades da vida, é aguentar firme, é ter as mãos feridas pelo tempo quando lutamos para segurar ...

Qual é o sentido de precisarmos de um detox da própria vida?

Estamos ocupados demais para viver. “Correria, né?” Nos orgulhamos de  viver  existir em vidas tão corridas. Dizemos de boca cheia. De agenda cheia. De bolso e garagem cheios. Sem percebermos, infelizmente, o quanto nos tornamos vazios. Nós estamos ocupados demais para viver. O mais triste: reproduzimos e anunciamos este comportamento com um certo orgulho. Como se nos tornássemos mais valiosos por sermos escassos. Porém, é somente a completa transformação da vida em uma sequência de tarefas a serem executadas. Nada além disso. Até mesmo os mais valiosos prazeres são transformados em deveres.  Às 16:00, respondo os meus amigos. Às 21:00, janto. Às 22:00, faremos amor.  Os próprios atos de contemplação da vida são transformados em tarefas. Possuem prazos, durações, objetivos. São itens em nossas listas. Temos horários para amar. Para aprender. Para ganhar. Temos, até mesmo, horários para perder. Afinal, esta desumana ...

O amor exige coragem. Infelizmente, os covardes são hoje a grande maioria.

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O amor. Explica-se de infinitas formas. Por isso, quase não se explica. Ainda assim, algo é indiscutível:  amar exige coragem.  ( como nosso amigo Matheus Jacob sempre diz) Exige a coragem de construir sonhos sobre dois alicerces e talvez um dia ver um destes partir. Exige a coragem de estar presente por inteiro, com as suas graças e defeitos, e expor os nossos mais obscuros medos a inevitáveis riscos. A perda. A desilusão. O abandono. É abrir-se por completo, inclusive para se ferir. Infelizmente, os covardes são hoje a grande maioria. Preferem viver experiências de portas fechadas, abrindo apenas pequenas frestas para sentirem a brisa. Assim, nunca experimentam a chuva. A grama nos pés. Os toques da vida. Satisfazem mediocremente as suas vontades, mas não percebem tudo o que está tão além disso. Por sorte, alguns ainda conservam a virtude da coragem. Enchem o meu peito de orgulho. Enchem os meus olhos de amor e inspiram os meus ...

Eu não te esqueci. Apenas passei a lembrar de mim.

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Não foi nada pessoal. Tá?  Ou até foi, mas não com você.  Foi comigo mesmo. Isso não significa que eu tenha te esquecido. Isso não significa que eu tenha deixado de lado todos os carinhos que dividimos.  Os sorrisos. Os momentos bons. Eu me lembro. Inclusive até mais do que deveria.  Mas, felizmente, eu me lembro também de todas as vezes em que me anulei. Quando deixei de ser eu mesmo para ser um alguém que te agradava.  Um alguém que se encaixava em todos os seus sonhos e planos, mas tão distante de mim.  Então, não se preocupe. Não é nada com você.  Pelo menos não diretamente.  Eu apenas me lembrei do essencial: eu mesma. Um eu abandonado em alguma esquina, por tanto querer te agradar. Por tanto não notar certos egoísmos. Se eu te culpo? Não.  Longe disso.  Afinal, eu não deveria ter aceitado esse caminho. Mas, por sorte, eu me lembrei disso. Hoje lhe agradeço consigo olhar para dentro do meu eu e me encontrar a cada dia mai...

Chamar de linda é fácil. Difícil é sustentar o elogio.

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"Linda".  "Amor".  E até mesmo o já esperado "saudade".  Elogios tão facilmente repetidos e replicados. O copiar e colar da vida. Se eu os faço?  Claro. Mas não é essa a questão. A questão é sustentar cada um desses elogios. É fazer valer tudo o que os lábios (ou as teclas) dizem com entrega e atitudes. Com sentimentos sinceros, não apenas rasos egoísmos.  Elogiar significa estar ao lado nas noites mal dormidas. Estar presente quando todas as intimidades já foram conhecidas. Afinal, nenhum elogio deveria existir apenas para te levar até ali.  O verdadeiro elogio está em assumir o interesse que as palavras indicaram.  O resto é tão facilmente repetido (e muitos outros já o fazem por aí).  Por isso, sustente as suas palavras com compromissos. Senão qualquer dicionário pode facilmente substituí-lo.

"Eu já não me engano mais pelo calor do deserto, de nada adiantaria plantar algo ali."

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Eu sempre planto amor. No pior dos casos, colho sozinho. Medo? Não. Eu prefiro sempre arriscar. Eu prefiro plantar amor, apesar de todos os terrenos áridos que já encontrei pelo caminho. Corações secos, escondidos atrás de sorrisos tão gentis. Mas, afinal, do que vale a alma se eu nunca arriscar usá-la? Exatamente quando e como ela quiser. Com todas as suas entregues e esperançosas características. Obviamente, eu não deixo de ter alguns cuidados. Eu já não me engano mais pelo calor do deserto, de nada adiantaria plantar algo ali. Ainda assim, a vida é feita de incertezas. De descobertas. Nessas eu sempre prefiro arriscar. Pode até doer. Machucar. A ausência de reciprocidades ou o excesso de egoísmos. Mas, no final do dia, eu sei que ainda existe algo dentro do meu peito (mesmo que um pouco dolorido). E caso alguém não queira todo o amor que plantei, pouco importa. Eu colho sozinho.