A minha ansiedade pode não ser boa. Ainda assim, ela é minha e assim permanecerá...

Encaro o relógio. As horas não passam. Mentira. Os segundos não passam. rsrsrsrs...
Infinitos pensamentos e angústias percorrem a minha mente, como se eu estivesse tomado por uma estranha explosão. Um caos imobilizante. Não sou nada além de ansiedades, encurralada por monstros sem rostos e formas, mas tão capazes de me consumir.
Esta é a minha ansiedade. Assim eu a descreveria. Amedrontadora. Incompreensível. Paralisante. Ainda assim, é minha.
Este texto nasce de um estranho pedido. Você escreveria sobre a minha ansiedade? Percebo, ao olhar com carinho em seus olhos, que a sua ansiedade é também a minha. É a ansiedade descrita acima com as minhas palavras, mas presente em muitos de nós. Talvez, em outros, seja quase inexistente ou imperceptível. Sorte destes? Não sei dizer.
Porque sem os meus anseios, eu não seria eu. A minha vida não seria exatamente a minha. E, sinceramente, eu não a trocaria por nada.
Ainda assim, não é fácil. Não é fácil esperar por mensagens que nunca chegam. Por planos que não se realizam. Não é fácil encarar a estranha sensação de flutuar sem ser capaz de encontrar palavras para explicar o nosso mal estar. É quase como se, no auge de nossas ansiedades, não existíssemos.
Mas apenas quase. Porque sempre existiremos. E sofreremos por isso. Por isso, respeite a minha ansiedade.Trate-a com carinho. Ela pode ser até mesmo ruim. Ainda assim, é minha.
P.S.: aos ansiosos, peço apenas sabedoria. Lembrem-se sempre: um instante por vez.

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