Somos como uma vela ao vento.
Gostaria de ter crenças maiores. E no entanto não tenho.
Gostaria de acreditar que eu te reencontrarei um dia. Mas ainda não consigo.
Ainda assim, nenhum destes caminhos alteraria uma frágil verdade: a vida como conhecemos é tão delicada quanto uma vela ao vento. Algumas se apagarão mais cedo. Cedo demais? Impossível dizer. Uma vida é sempre vivida por inteiro. Cada uma em seu próprio ritmo.
Outras se acenderão quando já não estivermos mais por aqui. São os rostos de nossos netos que não conheceremos. Histórias de amor que usarão as nossas palavras como se fossem suas. Estes nos eternizarão, mas não nos trarão de volta ao presente.
Nele, nós nunca saberemos quando ventará um pouco mais forte. Quando uma brisa irá além e nos apagará. Levará também sem qualquer explicação as velas que nos mantêm aquecidos. Os olhos quentes de um pai. Os suaves beijos de uma mãe.
Nós só podemos brilhar ao máximo. Não desperdiçar os momentos de calor.

A vida é uma vela ao vento.
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