“Eu tento mergulhar em mim mesmo” ... Não precisa ir até à praia para mergulhar em si mesmo.

Há um certo vento, que desprende das palmeiras e acaricia os telhados das idéias.

Refresca, desfaz e desperta.

Talvez seja o ritmo débil dos barcos que descansam junto à praia, não são tristes nem monótonos, são monges que flutuam e chegam.

Me alcança.

Enterrei sem perceber os pés na areia, não me toquei, perdi o meu controle e isso é bom.

Minha voz silenciou.

Não quero mais movimentos bruscos.

Há um litoral inteiro dentro de mim, meu mar é calmaria e furacão.

O que desejo é o equilíbrio, quero o balanço calmo do meu mar, a sabedoria débil da palavra de proa na maré.

Quero me levantar, sacudir a areia e carregar comigo, o mar dentro de mim. 

Para que em qualquer lugar onde esteja, eu possa me vestir de onda pronta pra quebrar, recuar e ressurgir.


Eu mergulhei tão fundo dentro de mim mesmo, que esqueci do mundo aqui fora.
Mergulho na ilusão e nos véus tão brilhantes e encantadores. Vivo aquilo e volto pra mim. Retiro o que não é meu.

No meu silêncio Mergulho dentro de mim. Desço até o íntimo do meu ser
e esvazio o que está cheio...até encontrar minha perola. 

Quero viajar mais vezes para aqui, mais vezes para dentro de mim.

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